O acervo composto por 523 objetos de religiões de matriz afrobrasileira, foi rebatizado de Acervo Nosso Sagrado. A exposição fica no Instituto de Patrimônio Histórico Nacional (Iphan). Antes as obras eram chamadas de Coleção de Magia Negra. Os objetos religiosos podem ser encontrados no Museu da República, no Rio de Janeiro.
Inscrito no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico do Iphan, o acervo foi tombado em 1938. São 126 itens tombados pelo Iphan expostos no museu. De acordo com o Instituto, a mudança de nome foi necessária para fortalecer iniciativas de combate ao racismo.
O presidente do Iphan, Leandro Grass disse que a medida significa uma reparação histórica. “A nomenclatura era equivocada sob diferentes pontos de vista: histórico, antropológico, museológico, pedagógico e patrimonial. A mudança, portanto, é uma reparação de justiça sobre o lugar dos museus na construção da cidadania e da história brasileira”.
Conforme a instituição de artes, a decisão também teve participação ativa de detentores e lideranças religiosas, especialmente de matrizes africanas, instituições públicas e da sociedade civil. “De acordo com o processo de retificação do tombamento, a ação constitui uma revisitação e ressignificação por parte do Instituto dos valores atribuídos aos bens culturais e é fundamental para fortalecer iniciativas de combate ao racismo no Brasil”.