Fusão Entre Azul e Gol Pode Redefinir o Mercado Aéreo Brasileiro
As companhias aéreas Azul e Gol assinaram um memorando de entendimento para negociar uma possível fusão que, se concretizada, unirá 60% do mercado aéreo nacional. A conclusão do processo depende do fim da recuperação judicial da Gol nos Estados Unidos, previsto para abril de 2025, e da aprovação de órgãos reguladores como o Cade e a Anac, com finalização esperada para 2026.
A nova empresa será estruturada como uma “corporation”, sem controlador definido, com a Abra (holding que controla Gol e Avianca) como maior acionista. O conselho será composto por nove membros, com o CEO da Azul, John Rodgerson, assumindo a presidência executiva do grupo.
As marcas Gol e Azul continuarão operando de forma independente, mas poderão compartilhar aeronaves e integrar rotas, ampliando a conectividade entre grandes centros e destinos regionais. A Azul seguirá comprando aeronaves da Embraer e investindo em voos internacionais.
A fusão não envolverá novos aportes financeiros, apenas ativos existentes. No entanto, há exigências para que a alavancagem das empresas somadas não ultrapasse a da Gol no fim de sua recuperação judicial, estimada em 4,5 vezes. Se essa condição não for atendida, a fusão não ocorrerá.