Capivaras que sobreviveram a atropelamento de manada no Lago Sul são tratadas no Hfaus

Os dois filhotes de capivara que sobreviveram ao atropelamento coletivo de 14 espécimes seguem em tratamento no Hospital e Centro de Reabilitação da Fauna Silvestre do Distrito Federal (Hfaus). A cena do carro atropelando a manada no Lago Sul, na quinta-feira (10), chocou o Distrito Federal. Doze capivaras morreram. O autor do atropelamento, que foi embora sem prestar socorro, já foi identificado.

Segundo o coordenador do Hfaus, o biólogo Thiago Marques, as duas capivaras chegaram em estado grave, uma delas com sintomas de traumatismo cranioencefálico, desidratação e baixa temperatura, além de baixa de pressão. “A gente está em ponto de atendimento, e ela está com medicação para dor, medicação para as lesões, passou por exame de ultrassom. A gente ainda está tentando estabilizar o quadro dela”, conta.

O biólogo explica que, após o tratamento e em caso de alta, os animais serão encaminhados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), vinculado ao Ibama. “Lá elas passam por uma nova avaliação para aferir se cada uma delas tem condições locomotoras, se está se alimentando corretamente. No caso delas, que são animais gregários [que vivem em grupos ou bandos] também será avaliado se estão em condições de viver em grupo”, enumera. “Caso esses animais não tenham condições de sobreviver na natureza, o Ibama os encaminha”.

Atropelamento e omissão

Atropelar um animal silvestre e não prestar socorro é considerado omissão e pode trazer consequências. A Lei nº 7.283, sancionada em julho de 2023 pela então governadora em exercício Celina Leão dispõe sobre a obrigatoriedade da prestação de socorro aos animais atropelados no DF. Segundo a lei, todo motorista, motociclista ou ciclista que atropelar qualquer animal, nas vias públicas do Distrito Federal, está obrigado a prestar socorro imediatamente. O descumprimento da lei pode resultar no pagamento de multa de R$ 1 mil.

De acordo com a porta-voz do Batalhão Ambiental da Polícia Militar do Distrito Federal, tenente Thays Gonçalves, a população precisa ter consciência de que é preciso avisar às autoridades quando acontecem casos de atropelamento. “Caso a pessoa se depare com um acidente ou a própria pessoa o tenha causado ferindo um animal, silvestre ou não, ela deve ligar no 190 que é o número da Polícia Militar. Esse número está disponível 24 horas, 7 dias por semana, todos os dias, sem exceção. A pessoa também pode ligar no 193, que é o Corpo de Bombeiros”, explica.

A tenente ainda destaca que o chamado pode mudar o destino dos animais ou evitar sofrimento. “No caso dessas capivaras, a gente acredita que se o motorista tivesse acionado socorro antes, a gente teria conseguido salvar mais animais”, disse.

Se alguém atropelar ou encontrar um animal silvestre ferido na estrada deve parar em local seguro, sinalizar a via para evitar outros acidentes e acionar imediatamente os órgãos competentes: 190 (Polícia Militar); 193 (Corpo de Bombeiros); Brasília Ambiental: (61) 3214-5637; e Linha Verde do IBAMA: 0800-61-8080.

Centro de Reabilitação

O Hospital e Centro de Reabilitação de Fauna Silvestre funciona 24 horas por dia e conta com equipe especializada no tratamento e reabilitação de animais silvestres. O local recebe animais resgatados por órgãos ambientais, como a Polícia Militar Ambiental do Distrito Federal (BPMA), que chegam vítimas de atropelamentos, queimadas, tráfico e outros acidentes.

Desde a inauguração, em março de 2024 e até maio deste ano, o Hfaus já acolheu e tratou 2.511 animais silvestres. A unidade, vinculada ao Instituto Brasília Ambiental e gerida pela Sociedade Paulista de Medicina Veterinária (SPMV), é a primeira do país a oferecer um atendimento integrado com equipe multidisciplinar e foco na reabilitação com objetivo de devolver os bichos à natureza após o tratamento. A equipe multidisciplinar, formada por veterinários, biólogos e outros profissionais, cuida da saúde física, nutricional, comportamental e psicológica dos animais.

A estrutura do Hfaus é pensada para respeitar o comportamento natural das espécies. O espaço é dividido por grupos (mamíferos, répteis e aves) e conta com alas que evitam o estresse causado pela proximidade entre presas e predadores.

O Hfaus é resultado de uma parceria entre o setor público e a iniciativa privada, com atuação conjunta de órgãos como o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), o Instituto Brasília Ambiental, a Secretaria de Meio Ambiente (Sema-DF), o Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA) e o Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF).

Fonte: Agência Brasília

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