Nesta segunda-feira (7), a Lei Maria da Penha completa 17 anos em Brasília. Por meio da medida, diversas mulheres agredidas ou ameaçadas em contexto de violência doméstica contam com mecanismos para denunciar o crime. Além disso, as vítimas encontram amparo em na rede de apoio oferecida pelo Governo do Distrito Federal (GDF).
Dentre os serviços, o governo oferece atendimentos psicossociais, abrigo e serviços de capacitação profissional às vítimas. Desde fevereiro, o GDF atua em parceria com representantes do Judiciário e da sociedade civil em busca de soluções para o enfrentamento ao tema, por meio de diversas secretarias.
A secretária da Mulher, Giselle Ferreira ressalta que a denúncia segue sendo o instrumento mais eficaz nesses casos. “Devemos envolver a sociedade na iniciativa de denunciar esses crimes. É preciso um engajamento da família, vizinhos e amigos na causa. Em briga de marido e mulher, nós vamos meter a colher, sim. Pedimos que essas mulheres não deem uma segunda chance ao agressor, procurem ajuda”, diz a secretária.
Dentre os resultados positivos, as ações já proporcionaram regulamentação de leis voltadas para o acolhimento de vítimas e de órfãos do feminicídio. As forças de segurança e salvamento do DF também promovem encontros regionais com redes de proteção à mulher em várias comunidades da capital.
Com o objetivo de oferecer políticas de atenção para crianças e adolescentes dependentes de mulheres assassinadas em contexto de violência de gênero, foi criada a Rede Distrital de Proteção aos Órfãos do Feminicídio. A destinação de 10% das vagas do programa Jovem Candango, também é voltada para este público.
A Casa da Mulher Brasileira (CMB), em Ceilândia, realizou só este ano, 5,1 mil atendimentos. Em breve, serão inauguradas mais quatro unidades em São Sebastião, Recanto das Emas, Sobradinho II e Sol Nascente. Esse grupo também conta com todo amparo nas unidades do núcleo de atendimento à família e aos autores de violência doméstica (Nafavds).
A Casa Abrigo também oferece garantia de defesa e proteção às vítimas de violência em contexto familiar e de seus dependentes. Além disso, Os centros especializados de atendimento à mulher (Ceams) funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
A SSP-DF disponibiliza monitoramento constante às mulheres com Medida Protetiva de Urgência (MPU) em vigor. Desde sua criação, foram 370 pessoas monitoradas. Nenhuma das participantes do programa teve a integridade física violada pelos ex-companheiros durante o período.