O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, se encontram nesta sexta-feira (15) em Anchorage, no Alasca, para tratar principalmente de um cessar-fogo na guerra da Ucrânia. É o primeiro encontro bilateral de alto nível entre os dois desde 2018, em Helsinque, e ocorre na Joint Base Elmendorf–Richardson (JBER), sob forte esquema de segurança.
Segundo a imprensa americana, a agenda prevê conversas sobre os termos de uma trégua e possíveis passos diplomáticos subsequentes. A expectativa é que a reunião comece por volta das 15h (ET) — 16h em Brasília e 11h no Alasca — com possibilidade de coletiva de imprensa ao fim das negociações, embora o cronograma oficial siga sujeito a mudanças.
Fontes do governo dos EUA indicam que Trump tentará “arrancar” de Putin um acordo de cessar-fogo como ponto de partida para negociações mais amplas. Além da Ucrânia, temas estratégicos — como controle de armas e questões nucleares — podem entrar na pauta, de acordo com relatos da imprensa internacional baseados em briefings de diplomatas.
As delegações chegam reforçadas. Do lado russo, a comitiva inclui figuras de peso do Kremlin, com destaque para o chanceler Sergey Lavrov e assessores próximos de Putin. A escolha do Alasca equilibra logística e segurança: é território americano, geograficamente mais próximo de Moscou e com infraestrutura militar para um encontro sensível.
A opinião pública e aliados ocidentais acompanham com cautela. Analistas veem riscos em uma negociação sem a presença de Volodymyr Zelensky na fase inicial, temendo concessões desproporcionais; a Casa Branca sustenta que a estratégia é “preparar a mesa” para conversas posteriores com Kiev e parceiros europeus.
Em Anchorage, a cidade se organizou para o evento com bloqueios pontuais, reforço policial e manifestações nas imediações. A JBER foi escolhida também por oferecer perímetro controlado e acesso direto a pistas aéreas militares.