O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por 6 votos a 4, manter a prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Ele foi condenado a oito anos e dez meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A decisão foi confirmada nesta segunda-feira (28), em sessão no plenário virtual do STF. A maioria dos ministros acompanhou o voto do relator, Alexandre de Moraes, que havia determinado a prisão imediata de Collor. Moraes entendeu que os recursos apresentados pela defesa tinham apenas o objetivo de atrasar o cumprimento da pena.
Collor foi preso na madrugada de sexta-feira (25), em Maceió (AL), quando se preparava para embarcar para Brasília. Ele foi condenado por envolvimento em um esquema de corrupção na BR Distribuidora, no qual teria recebido cerca de R$ 20 milhões em propinas.
Atualmente, o ex-presidente está detido na Penitenciária Baldomero Cavalcanti, em Maceió, em uma ala especial. Seus advogados pediram que a prisão fosse convertida em domiciliar, alegando problemas de saúde, como Parkinson e apneia do sono. O ministro Alexandre de Moraes deu 48 horas para que a defesa apresente laudos médicos.
Com essa decisão, Collor se torna o terceiro ex-presidente brasileiro preso por crimes comuns, depois de Lula e Michel Temer.