Projeto acolhe mães atípicas por meio de atividades inclusivas e cursos profissionalizantes

Desde o último dia 17 de fevereiro, a 2ª edição do projeto Mães mais que Especiais leva cursos e atividades de inclusão para mulheres que têm filhos com deficiência. A iniciativa, promovida pela Secretaria da Mulher (SMDF) em parceria com o Instituto Cultural Social do Distrito Federal (INCS), é pioneira no Brasil ao oferecer estrutura acolhedora e suporte para as mães, cuidadoras e familiares com serviços gratuitos e transversais, por meio de ações em áreas como saúde integral, autonomia econômica, educação, cultura e desenvolvimento social.

“Nós sabemos que as mães atípicas enfrentam inúmeros desafios no dia a dia. Por isso, o projeto Mães mais que Especiais é tão importante. Ele leva inclusão para essas mulheres em um ambiente acolhedor onde elas podem contar com todo apoio e incentivo para poderem se desenvolver, criar seus filhos com autonomia e viverem uma vida plena”, declarou a vice-governadora do DF, Celina Leão.

Até este sábado (22), o programa está instalado em Santa Maria e ocorre das 8h às 12h e das 14h às 18h de segunda a sexta-feira; além de funcionar das 8h às 13h, no sábado. As atividades itinerantes foram realizadas em Ceilândia em dezembro de 2024 e ainda vão percorrer Planaltina, Samambaia, São Sebastião e Sol Nascente/Pôr do Sol, alcançando mais de 6 mil pessoas em seis regiões administrativas. As próximas visitas serão previamente divulgadas.

Para atender à demanda das mulheres que frequentemente enfrentam a tripla jornada de trabalho, acumulando cuidados domésticos e o papel de cuidadoras integrais, o projeto oferece oficinas e cursos de capacitação em setores de beleza, como cabeleireiro, manicure, design, maquiagem e massoterapia, além de cursos de informática, auxiliar administrativo e articulação com redes de apoio e serviços governamentais. Também há apoio psicológico e terapêutico, acesso a serviços de saúde e educação e atendimento odontológico para mães e filhos.

Valorização

Sol Montes: “Temos feito um trabalho que tem impactado na vida dessas mulheres, com uma política transversal e pensada em como é a rotina de uma mãe atípica”

São cerca de 60 pessoas trabalhando no programa, que já atendeu em torno de 400 pessoas em Santa Maria. A coordenadora-geral do projeto, Sol Montes, destacou que no local há um atendimento individualizado às mães que tenham sido vítimas de violência doméstica, além de uma sala de acolhimento com monitores treinados para cuidar das crianças com diversidade funcional.

“É uma iniciativa inovadora do Governo do Distrito Federal e um projeto piloto no país inteiro de forma itinerante. Temos feito um trabalho que tem impactado na vida dessas mulheres, com uma política transversal e pensada em como é a rotina de uma mãe atípica. Por isso, temos a sala de acolhimento para as crianças, os cursos com professores treinados e momentos voltados para acolhê-las, entender a dor e conversar com elas”, observou.

Depois de uma sessão de massoterapia, Nilma Rodrigues já pensa em se profissionalizar

Entre as moradoras de Santa Maria que participaram da programação, a dona de casa Nilma Rodrigues, 42, aproveitou para aprender massoterapia e já pensa em se profissionalizar na área para dar um suporte de renda. Mãe de dois filhos, um com síndrome de Down e outra com Transtorno do Espectro Autista (TEA), ela descreveu o projeto como fortalecedor: “Ser uma mãe atípica é bem desafiador. A gente tem que se dedicar mais aos filhos. Sempre estou buscando alternativas e terapias para dar conta da demanda que é. É uma grande oportunidade para fazer um curso profissionalizante porque ficamos tão envolvidas com os filhos que não sobra tempo e, quando sobra, é hora de dormir porque já estamos exaustas. Então, é uma ação de valorização das mães atípicas e uma rede de apoio importante para nós”.

Impacto na família

A dona de casa Patrícia Santos Brandão, 28, é uma pessoa com deficiência intelectual e foi atendida com a mãe na área de psicologia e de ortodontia que é ofertada no local. “Eles me ajudaram muito com a orientação em algumas coisas que não sabia que tinha acesso ou direito, além de fornecer vários contatos para qualquer coisa que eu precisar”, acentuou.

Já Kátia Soares, 45, levou o filho para passar por uma avaliação. Com um sobrinho neurodivergente, ela decidiu participar do programa para adquirir mais conhecimento e ajudar a irmã nos cuidados, além de identificar se o próprio filho apresenta um quadro parecido. “Muitas mães não têm condição de fazer esses cursos. Quem tem uma criança atípica na família aprende a lidar, auxiliar e a não julgar a mãe. Às vezes a gente não entende bem, então as palestras ajudam bastante”.

A diretora da Subsecretaria de Políticas de Ações Temáticas e Participação Política, Nair Queiroz Pessoa, ressaltou que a participação da Secretaria da Mulher originou um projeto feito com carinho e cuidado, pensando nas mulheres que mais precisam desse apoio: “A gente sabe que as mães atípicas vivem para os filhos e essa proposta traz um momento para cuidar delas, para dizer que elas são importantes e dar todo apoio necessário. Muitas mães atípicas sofrem abandono do marido e família, mas estão ali aguerridas com seus filhos. E a cada dia, mais mulheres participam da programação”.

Fonte: Agência Brasília

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