Pesquisa avalia desenvolvimento de crianças de até 6 anos no DF

O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) apresentou, nesta terça-feira (18) de manhã, no auditório do edifício-sede do instituto, os resultados da pesquisa Desenvolvimento Infantil e Parentalidades no Distrito Federal, desenvolvida em parceria com o Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente e com a Secretaria de Justiça e Cidadania do DF, com o apoio das secretarias de Saúde, Educação e Desenvolvimento Social.

O estudo buscou informações sobre o desenvolvimento das crianças de até 6 anos residentes no Distrito Federal, os processos de cuidados relacionados a esse desenvolvimento, os atores envolvidos e suas demandas por apoio.

Foram levantados dados sobre o perfil sociodemográfico das pessoas responsáveis pelos cuidados dessas crianças. Entre as crianças de até 6 anos, 96,3% moram com a mãe no mesmo domicílio e 69,1% com o pai. A figura materna foi apontada como a principal cuidadora em 71,6% dos domicílios, enquanto o pai (41,5%) se encontrou como o responsável pela renda familiar das residências no grupo analisado.

Sobre os níveis de escolaridade dos pais: 35,2% das mães e 31,1% dos pais possuem ensino médio completo; e 21,5% das mães e 19,1% dos pais possuem ensino superior completo. Em relação ao desemprego, as mães foram as mais afetadas (54,9%) quando comparadas aos pais (14,4%). Dos domicílios entrevistados, 46,7% recebiam algum benefício social. Desse número, 58,9% estão localizados em regiões administrativas (RAs) de renda baixa.

Desenvolvimento infantil

Quando perguntado aos cuidadores ou responsáveis sobre sua percepção quanto ao desenvolvimento da criança, 93,2% entendiam que o desenvolvimento da criança estava adequado à idade. Entre as crianças de até 59 meses (aproximadamente 5 anos) moradoras do Distrito Federal, 14,2% possuíam desenvolvimento infantil inadequado, na avaliação pela escala QAD-Pipas (escala de mensuração do Desenvolvimento Infantil).

Dar carinho e estimular por meio de conversas, leituras e músicas é a principal ação adotada pelos responsáveis (90,6%) para contribuir positivamente com o desenvolvimento das crianças.

Entre as crianças de até 3 anos, 59,1% frequentam berçário, creche ou escola pública. Esse percentual sobre para 74,8% entre as crianças de 4 a 6 anos.

Gravidez e parto

A gravidez não planejada/indesejada foi identificada em 50,5% dos domicílios. Nas RAs de alta renda, 31,5% das gestações se enquadram nesse critério. Essa proporção aumenta nos níveis socioeconômicos mais baixos: nas RAs de renda baixa, esse percentual foi de 54,7%.

O pré-natal é realizado por 97,7% das mães do DF durante o período gestacional. Em todos os grupos de renda, a maior parte das mães realizou o mínimo de seis consultas recomendadas pelo Ministério da Saúde.

Em 74,2% dos casos, o tipo de parto realizado foi o desejado pela mãe da criança. No DF, o parto cesariano e o parto normal possuem quase a mesma proporção: 48,9% e 50,7%, respectivamente. Dos nascimentos, 9,8% dos bebês foram prematuros e 10,4% nasceram abaixo do peso.

A respeito da saúde da mãe durante o período gestacional, 11,6% delas fizeram uso de alguma substância – como álcool, cigarro ou drogas – durante a gravidez. O maior percentual desse uso foi registrado entre as mães residentes em RAs de renda baixa.

Saúde das crianças

A proporção de crianças com algum problema de saúde é maior entre aquelas residentes nas RAs do grupo de renda média-baixa (19,4%) do que no grupo de renda alta (14,3%) e média-alta (13%). O cartão de vacinação é quase universal entre crianças pesquisadas do Distrito Federal (99,6%), sem diferenças significativas entre os níveis de renda nas RAs.

Estímulos

No DF, 53% das crianças com menos de um ano estão expostas a telas por mais de duas horas diárias. Esse percentual alcança 80,6% das crianças com um ano. A partir dos 2 anos, o percentual de exposição chega aos 95%, alcançando 97,5% no grupo com 6 anos de idade. Nos domicílios das RAs de renda alta, esse percentual atinge 79,9%.

As atividades de estímulo à criança ficaram divididas da seguinte forma: 86% dos respondentes indicaram que jogam ou brincam com a criança; 89,2% são levadas para passear; 76,8% cantam músicas para a criança, incluindo canções de ninar; 65,9% leem livros ou olham figuras de livros; 65,4% contam histórias; e 65,4% nomeiam, contam ou desenham coisas para a criança.

Entre os respondentes da pesquisa, 94% afirmaram que têm momentos carinhosos e especiais com as crianças. As atividades de repreensão violenta para disciplinar, infelizmente, também são presentes nos domicílios. Segurar a criança com força quando é desobediente (4,4%) e ter explosões de raiva com a criança (5,6%) foram mencionadas como atividades feitas “muitas vezes/sempre” pelos cuidadores.

Aproximadamente 90% dos cuidadores indicaram que o pai deve atuar ativamente na criação dos filhos. Quanto à participação do pai na gestação, 76,9% de respondentes de RAs de baixa renda e 88,4% nas de renda alta concordaram com a afirmação.

Sobre a rede de apoio emocional ou de cuidados, 81,4% dos cuidadores disseram poder contar com familiares que moram no mesmo endereço; 55%, com outros familiares; 20%, com amigos e 13%, com vizinhos. O tipo de apoio mencionado com maior frequência é na rotina de cuidados com a criança.

*Com informações do IPEDF

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