A Polícia Civil do Distrito Federal, por meio da 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte), efetuou a prisão de um indivíduo investigado pelo cometimento de dois roubos majorados pelo emprego de arma branca e três extorsões no âmbito da Operação Deu Match, deflagrada na última sexta-feira (1º). A ação ocorreu em cumprimento a mandado de prisão preventiva expedido pela 1ª Vara Criminal de Samambaia/DF.
A prisão foi resultado de meticuloso trabalho investigativo da Seção de Investigação Geral (SIG), onde foi possível identificar o autor e esmiuçar como se dava a empreitada criminosa.
As investigações apontaram que o indivíduo buscava por meio do Tinder por homens homossexuais, de meia idade, e que não tinham sua opção sexual declarada perante a sociedade e familiares. Dado o match no referido site de relacionamento, prosseguia o diálogo com as vítimas pelo Instagram.
“Após adquirir a confiança e angariar informações quanto à condição econômica da vítima, o criminoso agendava encontro amoroso com os homens. No dia combinado, em regra, na casa das vítimas, ele oferecia bebidas alcoólicas, deixava as vítimas embriagadas e depois anunciava o roubo/extorsão se valendo de arma branca (faca), além de constrange-las a realizar diversas transferências, via PIX, para a sua conta e, em seguida, evadia-se levando pertences de alto valor econômico, tais como relógios, celulares e roupas de grife. Após a fuga, o criminoso exigia que as vítimas lhe acompanhassem até a saída dos edifícios para não levantar suspeita dos demais moradores”, conta o delegado-chefe adjunto da 26ª DP, Rodrigo Carbone.
Segundo apurado, o acusado confiava na impunidade para intimidar e ameaçar as vítimas, pois afirmava que caso houvesse denúncia, ele iria divulgar publicamente a opção sexual dos envolvidos. “Já identificamos três vítimas desse criminoso, além do registro de duas outras ocorrências policiais. As investigações continuam visando à completa apuração dos fatos”, afirma Carbone.
A autoridade policial explica, ainda, que devido ao alto padrão de vida ostentado pelo criminoso—pois subtraía, em média, R$ 3 mil, de cada vítima—, acredita-se que exista um grande número de vítimas que não registrou os fatos temendo pela publicidade de sua vida íntima.
Na delegacia, durante o seu interrogatório, o acusado confessou os crimes, inclusive informando que utilizava os valores subtraídos para pagar pensão alimentícia dos filhos, “restando concluir que o homem se valia do crime como meio de vida”, concluiu o delegado.
O homem foi recolhido à carceragem da PCDF, onde permanece à disposição da Justiça.
Fonte: Site PCDF/Assessoria de Comunicação/DGPC