De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), pessoas que vivem com HIV e atingem um nível indetectável de vírus pelo uso contínuo de terapia antirretroviral não transmitem o HIV para seus parceiros sexuais. As informações são da revista The Lancet, em nova pesquisa publicada nesse domingo (23).
O relatório mostra também o baixo risco de transmissão vertical do vírus das mulheres para seus filhos – durante a gestação, parto ou amamentação. O estudo é conduzido por pesquisadores da OMS em parceria com a Global Health Impact Group.
“A terapia antirretroviral continua a transformar a vida das pessoas que vivem com HIV. As pessoas que vivem com HIV que são diagnosticadas e tratadas precocemente, e tomam a medicação conforme prescrito, podem esperar ter a mesma saúde e expectativa de vida que suas contrapartes HIV negativas”, afirma a OMS.
As novas evidências indicam um risco insignificante, ou quase zero, de transmissão do HIV quando uma pessoa tem uma medida de carga viral de HIV suprimida, ou seja, menor ou igual a mil cópias por mL de sangue. A pesquisa das novas orientações científicas e normativas sobre o HIV foi lançada durante a 12ª Conferência Internacional da Sociedade Internacional de Aids (IAS) sobre Ciência do HIV.
“Por mais de 20 anos, países de todo o mundo confiaram nas diretrizes baseadas em evidências da OMS para prevenir, testar e tratar a infecção pelo HIV. As novas diretrizes que estamos publicando hoje ajudarão os países a usar ferramentas poderosas com o potencial de transformar a vida de milhões de pessoas que vivem com HIV ou correm o risco de contrair o HIV”, disse o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
A supressão da carga viral em crianças vivendo com HIV é de apenas 46%. No final do ano passado, 29,8 milhões das 39 milhões de pessoas vivendo com HIV em todo o mundo faziam tratamento antirretroviral (76% da população com HIV). Cerca de 70% dos pacientes encontravam-se com o vírus suprimido.
Segundo a OMS, “isso significa que, para aqueles com supressão viral, sua saúde está bem protegida e eles não correm o risco de transmitir o HIV para outras pessoas”.
Redação Atos Brasília