A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, por meio da 6ª Delegacia de Polícia, a Operação Provérbios 21:15, visando combater o tráfico de drogas nas regiões do Paranoá e Itapoã. A ação resultou no cumprimento de oito mandados de prisão preventiva e 11 mandados de busca e apreensão nas cidades do Paranoá, Itapoã e Sol Nascente.
Os alvos da operação eram infratores envolvidos na venda direta de entorpecentes aos usuários, bem como na aquisição de grandes quantidades de maconha, cocaína e, principalmente, crack de traficantes interestaduais, com o intuito de distribuir e abastecer outros traficantes locais. Após quatro meses de investigações intensas e monitoramento contínuo, a operação conseguiu prender o mais articulado e temido traficante do Paranoá, conhecido por suas estratégias sofisticadas para evitar a identificação de suas atividades ilícitas.
A organização criminosa possuía uma estrutura hierárquica bem definida. O líder, de 38 anos, coordenava todo o esquema ao lado de sua companheira, de 34 anos. O grupo contava ainda com um gerente, de 33 anos, responsável pela distribuição dos entorpecentes e pela arrecadação dos valores das vendas realizadas por “aviões” em “bocas de fumo” e locais públicos, como ruas e praças.
Para aumentar suas vendas, a quadrilha aceitava pagamentos em dinheiro, PIX, cartão de crédito e mercadorias roubadas ou furtadas. Além disso, realizavam entregas “delivery”, levando as drogas diretamente às residências dos usuários.
Os membros da associação criminosa possuem um extenso histórico de crimes, incluindo homicídios, porte de arma, roubos, furtos, receptações e várias prisões por tráfico de drogas, o que demonstra a periculosidade do grupo.
Durante as buscas, foram apreendidos uma máquina de contar dinheiro, aproximadamente dois quilos de cocaína, diversas balanças de precisão e uma grande quantidade de dinheiro. A operação contou com o apoio das equipes da Divisão de Análise Técnica e Estatística (Date), Divisão de Operações Especiais (DOE), Seção de Operação com Cães (SOC/DOE) e Divisão de Operações Aéreas (DOA), além de policiais de outras unidades circunscricionais e do Departamento de Polícia Especializada.
Os presos foram indiciados pelos crimes de Associação para o Tráfico de Drogas, Tráfico de Drogas e Organização Criminosa, podendo ser condenados a até 33 anos de prisão.