O número de mulheres com o sobrenome do marido no casamento caiu em 53,6%, segundo um levantamento da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil). Os dados mostram que quase metade das esposas preferem manter os nomes de origem familiar do documento, no Distrito Federal.
A queda dessa opção começou a partir de 2002, quando foi publicado o atual Código Civil, que tira a obrigatoriedade na mudança dos sobrenomes. Antes, o percentual de mulheres que adotavam a medida representava 68,71% dos matrimônios.
“As informações dos Cartórios de Registro Civil são um retrato fiel da sociedade brasileira, uma vez que conservam os dados primários de sua população”, diz Gustavo Renato Fiscarelli, presidente da Arpen-Brasil.
De acordo com o gestor, no caso dos casamentos, foi nítido o caminhar da sociedade no sentido de maior igualdade entre os gêneros, com a mulher deixando de estar submissa ao marido e assumindo um papel de protagonismo na vida civil.
No caso de adoção dos maridos pelos nomes das esposas, essa opção ainda anda devagar no Brasil. Em média, apenas 0,80% dos homens aderem a essa medida, também introduzida pelo atual Código Civil brasileiro.