Após ficar mais de dois meses fechado para manutenção, o Museu do Catetinho reabre para o público, nesta terça-feira (14). O local foi fechado por causa de quedas de árvores provocadas pelas chuvas, segundo a Secretaria de Cultura. Algumas árvores precisaram ser derrubadas por causa do risco de queda e para a segurança dos visitantes.
A Secretaria não detalhou a proporção dos danos causados e nem se o Palácio de Tábuas, a principal atração, chegou a ser danificada. A Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) ficou responsável por produzir um laudo técnico, ainda não divulgado, sobre a condição da vegetação e do terreno.
A pasta foi cobrada nas redes sociais, pela demora da reabertura. A explicação para os usuários foi que “devido às especificidades e fragilidades das edificações e das características que envolvem uma Área de Proteção Ambiental”, onde o Catetinho está inserido, toda manutenção e intervenção exigem um trabalho conjunto e cuidadoso de órgãos distritais e federais”.
O Catetinho foi fechado em 2020, devido à pandemia e só voltou a receber visitas em abril de 2022. No período, o GDF investiu 400 mil reais na manutenção do Palácio de Tábuas, quando foram restauradas madeiras, pinturas, piso e telhado.
Lúcio Montiel é guia de turismo e destaca que o monumento é importante para a história de Brasília. “Foi a residência oficial do presidente da República, Juscelino Kubitschek, durante a construção de Brasília. No entanto essa memória, se essa história fica fechada, ela fica apagada. A gente não pode deixar isso acontecer”, diz o especialista.
O Museu foi a primeira residência oficial de Juscelino Kubitschek e fica nas margens da EPIA, entre o Núcleo Bandeirante e o Park Way. O Palácio de Tábuas foi desenhado por Oscar Niemeyer e construído em apenas 10 dias, em 1956. Por dia, o Museu recebe uma média de 125 visitantes.