Um novo modelo de classificação do diagnóstico do Alzheimer foi proposto por um grupo de médicos especialistas na doença, nesse domingo (16). O estudo é baseado em uma escala de sete pontos, levando em consideração a presença de biomarcadores anormais do quadro e alterações cognitivas.
Parecido com o usado para a classificação do câncer, o método elimina o uso dos termos “leve”, “moderado” e “grave”, e substitui as diretrizes emitidas em 2018 para o Alzheimer. Conforme o estudo, a nova escala poderia contribuir para a indicação de abordagens de tratamento cada vez mais personalizadas, contribuindo para a qualidade de vida do paciente.
O modelo foi apresentado em uma conferência da Associação de Alzheimer em Amsterdã, na Holanda. Os pesquisadores afirmam que o estudo é motivado pelo aumento da disponibilidade de testes que detectam a proteína beta-amilóide – relacionada à doença – no sangue dos pacientes.
O relatório foi desenvolvido pelo médico Clifford Jack, da Mayo Clinic e é patrocinado pela Associação de Alzheimer e pelo National Institute of Aging, dos Institutos Nacionais de Saúde do governo dos Estados Unidos.
Com a nova escala, os pacientes passariam a ser enquadrados em sete classificações, sendo o primeiro estágio referente ao início das evidências de que uma pessoa tem a doença. Os estágios 4, 5 e 6 seriam equivalentes às fases da demência atualmente classificadas como leve, moderada e grave.
O Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo caracterizado pela deterioração cognitiva e da memória dos pacientes. Os sintomas se desenvolvem de forma progressiva. Sendo assim, o modelo tem ainda o estágio 0, destinado às pessoas que carregam o gene relacionado ao Alzheimer, mas ainda não desenvolveram a doença.