Desde a última quinta-feira (7), cerca de 450 toneladas de resíduos foram retiradas da Chácara Santa Luzia, às margens do Parque Nacional de Brasília (PNB), na Estrutural. As equipes do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e da Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal) trabalham no combate ao descarte irregular de resíduos sólidos.
A previsão é que a operação continue até o final desta semana e recolha aproximadamente mil toneladas de resíduos descartados irregularmente. Além de ameaçar a fauna e a flora do Parque Nacional de Brasília, o mau hábito causa problemas à saúde humana. Para que seja dado fim ao descarte irregular no local, as equipes da DF Legal também vão intensificar as ações de fiscalização na região.
Sete funcionários atuam em parceria com dois auditores fiscais da DF Legal. Para esta ação, o SLU dispõe de quatro caminhões e uma pá mecânica para que a área fique completamente limpa.
Segundo o coordenador de Coleta e Limpeza Urbana do SLU, Francilio Ribeiro Júnior, as operações de limpeza no local serão intensificadas. “Normalmente, a gente vem até aqui uma vez por semana para fazer a retirada desses resíduos. Mas como esse descarte, infelizmente, está aumentando e há riscos de invadir o Parque Nacional, nós vamos aumentar a limpeza para três vezes por semana”, conta o responsável.
Entre janeiro e julho deste ano, foram 6.337 vistorias em áreas de descarte irregular em área pública, o que resultou em 899 notificações e 94 multas.
O subsecretário de Fiscalização de Resíduos Sólidos da DF Legal, Edmilson Cruz explica que “a DF Legal criou uma programação fiscal específica para intensificar as ações neste ponto de descarte irregular. A ideia é estarmos não só neste ponto com frequência, mas em outros locais próximos utilizados para o mesmo fim. Como os responsáveis pela irregularidade se comunicam muito, a tendência é diminuir o descarte ali onde estamos, mas eles buscarem outras áreas”.
O descarte desenfreado de entulho na região pode ocasionar um desequilíbrio ambiental. Isso porque o PNB é habitat de inúmeras espécies de animais silvestres, que acabam deixando a área do parque em busca de refúgio e alimento. Além dos danos causados à fauna, o descarte irregular também acarreta diversos riscos à flora e ao lençol freático.