O Distrito Federal registrou 39 casos de mortes por mal súbito, em 2023. Foram 178,5% registros a mais do que os notificados ao longo do ano passado. Na Secretaria de Saúde (SES-DF), ocorrências do tipo são registradas como “óbitos súbitos de origem cardíaca”.
Conforme o Portal InfoSaúde, no total, a pasta notificou 14 casos, em 2022, contra sete em 2021. A Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac) define o mal súbito como “morte instantânea, inesperada, repentina e não acidental”, na maioria das vezes, de origem cardíaca.
De acordo com a Sobrac, o ocorrido está associado a dois tipos de miocardiopatia, podendo ser hipertrófica, quando há aumento no tamanho do músculo cardíaco, o que causa arritmia; e displasia arritmogênica do ventrículo direito, quando as células do músculo cardíaco morrem e são substituídas por células gordurosas, sem relação com a alimentação.
A sociedade ressalta que, um mal súbito pode ser reversível na maioria das vezes, desde que o atendimento ocorra rapidamente, com um choque elétrico aplicado no tórax. O procedimento é conhecido como desfibrilação ou por meio de massagens manuais de ressuscitação.
A Sobrac destaca que a morte por mal súbito não é inevitável. Porém, poucas tentativas de ressuscitação são bem-sucedidas após 10 minutos, pois, a partir de três, o cérebro começa a sofrer danos.