Diagnóstico precoce é a melhor medida para tratar a dislexia

Dificuldades na alfabetização, atrasos na leitura, na escrita e no acompanhamento da turma escolar, além de desafios na aprendizagem de regras ortográficas e gramaticais, podem indicar dislexia – transtorno do neurodesenvolvimento em que o cérebro não é ativado como deveria durante as tarefas de leitura e escrita. Para reforçar a importância de estar atento aos sinais que levam ao diagnóstico precoce, 16 de novembro é marcado como o Dia Nacional de Atenção à Dislexia.

Ao perceber indícios do transtorno, é recomendado buscar uma unidade básica de saúde (UBS) para que o médico faça os encaminhamentos à assistência especializada, caso necessário. Foi esse o caminho percorrido pela aposentada Magda Ultra, que, semanalmente, leva o neto Danilo, de 11 anos, ao fonoaudiólogo na Policlínica de Ceilândia.

“A dificuldade é identificar, saber o diagnóstico”, conta ela. “Depois, com o acompanhamento, eles deslancham. Com o atendimento, o Danilo melhorou bastante, está mais comunicativo, sociável, teve um grande avanço na escola. Agora conversa, brinca, sai mais de casa”. O neto recebeu o diagnóstico há dois anos.

A identificação precoce da dislexia tem uma função crucial no desenvolvimento cognitivo dos pacientes. “É fundamental diagnosticar cedo para avaliar as rotas de aprendizagem, pois [o diagnóstico precoce] favorece a aquisição do conhecimento sem dificuldades maiores; ajuda a aprender da melhor forma”, pontua a referência técnica distrital (RTD) em fonoaudiologia Ocânia Costa, da Secretaria de Saúde do DF (SES).

A investigação do transtorno é multiprofissional, envolvendo a atuação de neurologista, psicólogo, fonoaudiólogo, psicopedagogo, neuropediatra, entre outros.

Bons resultados

O acompanhamento correto fez a diferença na vida de João Victor Moreira, 19 e, atualmente, a caminho de concluir o ensino médio. Morador de Ceilândia, ele foi diagnosticado aos 9 anos e passou a ser assistido por neuropediatra e fonoaudiólogo na rede pública de saúde do DF.

“Ele teve uma evolução muito boa, começou a se desenvolver, interagir com outras pessoas e passar nas provas”, revela a mãe do jovem, Rosângela Rodrigues, que buscou assistência tão logo percebeu a dificuldade do filho para leitura, escrita e interpretação. “Fico muito feliz, porque, mesmo com as limitações, vejo progressos.”

Na Policlínica de Ceilândia, João foi atendido dos 9 aos 17 anos pela fonoaudióloga Renata Monteiro, que destaca o papel essencial dos familiares na evolução cognitiva e emocional dos pacientes disléxicos. “O apoio de quem está próximo pode vir por meio da busca de informações; além disso, é muito importante que os pais deem suporte emocional aos filhos, uma vez que a dislexia causa baixa autoestima, ansiedade e até mesmo depressão”, avalia ela.

Nesse contexto, a fonoaudióloga desenvolveu dois programas para crianças e adolescentes em atendimento por dislexia. Um deles é voltado aos que não conseguiram aprender a ler, e o outro tem como foco pacientes que não alcançam velocidade na leitura e apresentam dificuldade na compreensão textual.

“As dificuldades podem diminuir com o desenvolvimento e o amadurecimento da pessoa e com algum tipo de suporte, desde que específico para a dislexia”, orienta Renata. “O transtorno não impede uma pessoa de ter sucesso e qualidade de vida, porque o disléxico pode contar com adequações curriculares que possibilitam o aprendizado.”

Dia Nacional de Atenção à Dislexia

O tema ganha amplitude no Dia Nacional de Atenção à Dislexia, ocasião em que se divulga com mais ênfase os sinais, tratamentos e informações sobre o transtorno.

“O conhecimento pode evitar restringir e estigmatizar as pessoas com dislexia”, reforça a fonoaudióloga da Policlínica de Ceilândia. “Há muita criança sem o diagnóstico adequado, privada de várias oportunidades e de uma condução correta ao seu desenvolvimento”.

Apoio é lei

É desafiadora a rotina das mães que têm filhos com dislexia. Por isso, a lei distrital nº 7.310/2023 institui o acesso ao programa Cuidando de quem cuida, com enfoque na atenção e na orientação às figuras maternas.

A legislação, sancionada em julho deste ano, alcança ainda mães de filhos com deficiências, síndromes, doenças raras e transtornos como os do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e de Déficit de Atenção (TDA).

*Com informações da Secretaria de Saúde

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