DF não registra casos de febre maculosa desde 2020

A morte prematura e súbita de um casal jovem no interior de São Paulo chamou a atenção para a febre maculosa. A doença é causada por picada de carrapato infectado com bactérias da família Rickettsia. Em humanos, quando não é tratada, a letalidade pode passar de 80%. A enfermidade é considerada rara e o Distrito Federal não registra nenhum caso há três anos.

Durante uma viagem pelo interior de São Paulo (SP) e Minas Gerais (MG), a mulher percebeu picadas de inseto no corpo antes de os sintomas aparecerem. Com a persistência do quadro de febre e dor de cabeça em ambos, o casal procurou o serviço de emergência no dia 7 de junho, mas os dois morreram um dia após a internação. Os exames encaminhados para o Instituto Adolfo Lutz, laboratório com sede em São Paulo, confirmaram a morte dos dois em decorrência da doença.

Segundo o subsecretário de Vigilância à Saúde do Distrito Federal, Divino Valero, é necessário buscar ajuda nos primeiros dias de sintoma, pois o atendimento rápido para tratar a doença faz toda a diferença. Já para evitar a contaminação, Divino alerta que é preciso combater o parasita.

“O DF está vigilante quanto aos casos tanto na vigilância epidemiológica quanto na ambiental. Isso faz parte da nossa rotina. E na situação da febre maculosa, os cuidados seguem bem parecidos quanto à vigilância do meio ambiente e de animais. Fazendo o manejo ambiental, conseguimos evitar o carrapato, e consequentemente, a doença”, explica.

A doença

Arte: Secretaria de saúde

A febre maculosa brasileira é uma doença infecciosa causada e transmitida pelo carrapato-estrela ou micuim da espécie Amblyomma cajennense, não sendo passada diretamente de pessoa para pessoa nem pelo contato com animais infectados. A bactéria R. rickettsii é propagada aos humanos e aos animais apenas por meio da picada de um carrapato infectado. Mais comum entre os meses de maio a novembro, a doença tem tratamento por meio de antibióticos. Quanto mais precoce for o diagnóstico, maior será a chance de cura.

Hospedeiros mamíferos amplificadores (cães, bois, cavalos, capivaras, etc.) são animais predispostos à infecção por R. rickettsii, mantendo níveis circulantes da bactéria na corrente sanguínea, o suficiente para causar infecção de carrapatos que dele se alimentem.

O biólogo e gerente da Vigilância Ambiental de Vetores, Animais Peçonhentos e Ações de Campo (Gevac), Israel Moreira, destaca que, na capital federal, é mais comum apontar as capivaras como principais transmissores. “Pesquisa da Secretaria de Meio Ambiente mostrou que há infestações de carrapatos em áreas não visitadas por capivaras, reforçando que outros animais também são importantes na disseminação de parasitas. Inclusive o cachorro, animal tão próximo ao ser humano”, explica. Para ele, é fundamental manter os animais domésticos bem cuidados, dando banho e utilizando frequentemente carrapaticidas. Além disso, é preciso manter o quintal e as áreas com mato alto bem cuidados.

Transmissão

Para que haja a transmissão, os carrapatos devem permanecer fixados à pele do hospedeiro por um período variável entre seis e dez horas, o suficiente para que a bactéria seja reativada na glândula salivar e em seguida espalhada pelo corpo. Os carrapatos, além de vetores, são também reservatórios e amplificadores de R. rickettsii.

O carrapato-estrela, da espécie Amblyomma cajennense, transmissor da doença, pode ser encontrado em animais de grande porte, além de cães, aves domésticas, gambás, coelhos e, especialmente, na capivara. O período de incubação varia de dois a 14 dias após a picada (média de sete dias).

Quando buscar atendimento de emergência

Para que haja a transmissão, os carrapatos devem permanecer fixados à pele do hospedeiro por um período variável entre seis e dez horas, o suficiente para que a bactéria seja reativada na glândula salivar e em seguida espalhada pelo corpo. Os carrapatos, além de vetores, são também reservatórios e amplificadores de R. rickettsii.

O carrapato-estrela, da espécie Amblyomma cajennense, transmissor da doença, pode ser encontrado em animais de grande porte, além de cães, aves domésticas, gambás, coelhos e, especialmente, na capivara. O período de incubação varia de dois a 14 dias após a picada (média de sete dias).

Os sintomas têm início de forma repentina, com febre – de moderada a alta –, que dura geralmente de duas a três semanas, acompanhada de dor de cabeça, calafrios, congestão das conjuntivas (olhos vermelhos).

A lesões – parecidas com uma picada de pulga – apresentam, às vezes, pequenas hemorragias sob a pele e aparecem em todo o corpo, nas palmas das mãos e na planta dos pés. Diferentemente do que acontece em outras doenças, como sarampo, rubéola e dengue hemorrágica, por exemplo.

Saiba mais

⇒ Cada fêmea de carrapato infectada pode gerar até 16 mil filhotes aptos a transmitir R. rickettsias;
⇒ Os cães, muitas vezes, não apresentam nenhum sintoma da doença;
⇒ É essencial fazer com frequência a higiene dos animais com carrapaticidas. O uso do produto deve ser realizado tanto em cães domésticos quanto em animais de grande porte como o cavalo ou boi;
⇒ Sempre aparar o gramado rente ao solo.

Fonte: Agência Brasília

 

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