Nos primeiros cinco meses de 2023, o desmatamento na Amazônia teve uma queda de 54%, em comparação com o mesmo período de 2022. Os dados foram divulgados pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) nessa quarta-feira (21).
Mesmo com a redução nos índices de destruição, 2023 teve a quarta maior área desmatada nos últimos 16 anos, atrás apenas dos três últimos anos. Nos cinco primeiros meses do ano, a Amazônia perdeu 1.542 km² de mata nativa, o equivalente ao território da cidade de São Paulo.
O desmatamento no bioma teve uma queda significativa de 77%, em maio, e passou de 1.476 km² em maio de 2022 para 339 km² no mesmo mês deste ano. Os dados do Imazon mostram que nos cinco meses deste ano, 78% do desmatamento na Amazônia ocorreu em Mato Grosso, Amazonas e Pará.
A pesquisadora do Imazon, Larissa Amorim, ressalta que “para intensificar ainda mais o combate ao desmatamento, é necessário que os órgãos ambientais sigam sendo fortalecidos, para que consigam ter capacidade suficiente para impedir a continuidade de atividades como o garimpo ilegal, a invasão de áreas protegidas e a grilagem de terras. E, também, realizar a destinação para a conservação de terras públicas ainda sem uso definido, que estão mais vulneráveis ao desmatamento”.
Com base no relatório, é possível observar que os dados mostram a necessidade do atual governo concentrar operações de fiscalização e monitoramento nessas regiões para conter o avanço da derrubada de reserva nativa.