O jogador Daniel Alves foi acusado formalmente pela Justiça espanhola, nesta quarta-feira (2). A decisão se dá pelo crime de agressão sexual, suspostamente cometido contra uma mulher em uma boate em Barcelona.
Após a formalização da acusação, o brasileiro vira réu no caso, que agora irá a julgamento. Dani, que alega ser inocente, deve continuar preso. Seu advogado, Cristóbal Martell, disse que ele não recorrerá, mesmo a ação sendo permitida por lei.
Na saída da sessão em um tribunal de Barcelona nesta quarta para comunicar a acusação formal ao jogador, Martell alegou que a defesa decidiu não recorrer para economizar tempo. A estratégia da defesa é chegar o mais rápido possível ao julgamento que está marcado para setembro.
Sem direito a fiança, Dani está em prisão preventiva, sob a alegação de risco de fuga, desde janeiro, quando foi ouvido pela polícia pela segunda vez e se contradisse. “Ele está contrariado e não concorda com as conclusões, mas manifestou à juíza que não recorrerá por seu desejo de agilizar o processo”, disse o advogado.
O brasileiro mudou sua versão pelo menos três vezes. A juíza responsável pela investigação disse que encontrou evidências de irregularidades por parte do jogador, que alega ter feito sexo consensual com a mulher que o acusa.
Na Espanha, denúncias de estupro são investigadas sob a acusação geral de agressão sexual, e as condenações podem levar a penas de prisão de 4 a 15 anos. Se for condenado, Alves também precisará pagar 150 mil euros (cerca de R$ 784 mil) para cobrir eventuais danos e prejuízos.