Ceilândia vai ganhar nesta terça a Casa da Mulher Brasileira

Às vésperas do aniversário de Brasília, no próximo dia 21,  a maior cidade do Distrito Federal ganha um presente histórico. No dia 20 de abril, às 17h, será inaugurada a Casa da Mulher Brasileira (CMB), em Ceilândia, com o objetivo de aumentar os serviços públicos destinados às mulheres em situação de violência.  Na ocasião, será assinado o Acordo de Cooperação Técnica do Programa “Mulher Segura e Protegida”.

Trata-se de parceria firmada pela Secretaria da Mulher com a Secretaria Nacional de Política para Mulheres, do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. Também participam da iniciativa o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios  (TJDFT) e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT); e a Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF).

O objetivo é integrar e ampliar os serviços públicos voltados às vítimas de violência, por meio da articulação dos atendimentos especializados no âmbito da saúde, da justiça, da rede socioassistencial e da promoção da autonomia financeira.

Atendimento humanizado

A Casa da Mulher Brasileira é um equipamento de alta complexidade, criado para oferecer um atendimento humanizado às mulheres vítimas de violência doméstica. É um serviço que revoluciona o modelo de enfrentamento à violência de gênero, pois integra, amplia e articula todos os serviços do governo oferecidos às mulheres em situação de vulnerabilidade.

Para a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, a inauguração do espaço reforça a importância da parceria entre o governo federal e o GDF.

“Neste momento, em que acompanhamos tantas notícias de violência contra as mulheres e suas crianças, a inauguração desta Casa da Mulher Brasileira traz a certeza de que, se trabalharmos juntos, a população só tem a ganhar. Proteção, cuidado, orientação, capacitação e amor serão destinados às mulheres e suas famílias que vierem a este local”, destaca a ministra.

Interrupção com oportunidades

A CMB de Ceilândia reúne, em um só espaço, acolhimento, triagem, apoio psicossocial, além de atendimento da Defensoria Pública, do Ministério Público e do Tribunal de Justiça. Segundo a Secretaria da Mulher, o fato de a vítima ter, em um mesmo local, a oferta dos serviços desses órgãos públicos evita que a mulher tenha que buscar atendimento fragmentado e sofra a revitimização durante a chamada rota crítica.

“Será também uma casa de oportunidade, onde vamos oferecer capacitação e oficinas voltadas para a autonomia econômica, além de promover a integração dessa mulher com todos os serviços oferecidos pelo governo. É um presente para cidade de Ceilândia, que irá acolher não só as mulheres que estão vivendo uma situação de violência, mas também todas as outras que precisam ser cuidadas por nós”, afirma a secretária da Mulher, Ericka Filippelli.

Para a secretária nacional de Políticas para as Mulheres do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Britto, o atendimento humanizado para as mulheres que estão em situação de violência é uma prioridade para o governo federal. “Sabemos que esse acolhimento pode ajudar a interromper ciclos de violência, perversos, que muitas vezes resultam em feminicídio. A inauguração representa mais um investimento do governo federal em favor das mulheres”, diz a gestora.

Ocupação da Casa

Os serviços disponíveis na Casa da Mulher Brasileira serão inaugurados por etapas. Até o segundo semestre de 2021, todos os cinco andares estarão em pleno funcionamento. Na primeira fase da ocupação, serão realizados o acolhimento, a triagem, a escuta qualificada e o encaminhamento dessa mulher para os serviços especializados. Elas serão atendidas por uma equipe de agentes e assistentes sociais, pedagogos e psicólogos da Secretaria da Mulher. A sala de eventos, auditório, brinquedoteca e refeitório também serão abertos no dia 20.

No próximo mês, no terceiro andar, serão inaugurados os serviços oferecidos pelos equipamentos parceiros no enfrentamento à violência contra a mulher, entre eles o Núcleo de Assistência Jurídica de Defesa da Mulher, da Defensoria Pública; a Assessoria Técnica de Violência Doméstica, do Ministério Público, e o Centro Judiciário da Mulher/CJM, do TJDFT.

O espaço para a promoção da autonomia econômica também abrirá as portas nesta segunda fase. A proposta é resgatar a autoestima e fortalecer o empoderamento feminino por meio da capacitação profissional e da autonomia econômica. Os cursos e oficinas ofertados pela instituição serão abertos a todas as mulheres do DF, vítimas de violência ou não.

Na terceira, e última, etapa, será inaugurada a Casa de Passagem, onde a mulher em situação de violência doméstica e sob risco de morte poderá contar com abrigo temporário, de até 48 horas, até que ela possa ser encaminhada a um local seguro ou para a rede de serviços externos de enfrentamento à violência.

*Com informações da Secretaria da Mulher

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