Câncer colorretal cresce entre jovens e acende alerta para prevenção no DF

Nesta semana, a morte da cantora Preta Gil trouxe à tona um tipo de câncer que tem chamado a atenção de profissionais da saúde: o câncer colorretal. Segundo especialistas da Secretaria de Saúde (SES-DF), o aumento de jovens diagnosticados com a doença acende um alerta para a importância da prevenção e da adoção de hábitos saudáveis. A American Cancer Society mostrou que a taxa de incidência entre pessoas de 20 a 39 anos aumentou cerca de 1% a 2% ao ano desde meados dos anos 1990.

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa é de 710 novos diagnósticos de câncer colorretal por ano no Distrito Federal, no triênio de 2023-2025. Atualmente, o tumor é o segundo mais frequente na capital federal, tanto entre homens quanto em mulheres.

O tratamento desse tipo de câncer está incluso no programa “O câncer não espera. O GDF também não”. O programa inclui forças-tarefas nos hospitais públicos, credenciamento da rede complementar e a criação de uma linha de cuidado, garantindo mais de 1,3 mil novos tratamentos oncológicos em todo o DF. As ações têm como objetivo promover o diagnóstico precoce e agilizar o tratamento dos pacientes, reduzindo filas e otimizando o atendimento.

O câncer colorretal é um tumor maligno que se desenvolve no cólon ou no reto – partes do intestino grosso. Geralmente, tem origem em pólipos intestinais, que podem evoluir de adenomas (tumores benignos) para carcinomas. Os principais sinais de alerta incluem sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal – alternando diarreias ou prisão de ventre –, dores abdominais persistentes, emagrecimento não intencional, anemia, cansaço ou fraqueza.

Apesar de altas chances de cura, a doença pode ser letal se identificada tardiamente. “Orientamos a realizar exames preventivos a partir dos 50 anos, quando não há histórico familiar. Quando houver, a investigação deve ocorrer dez anos antes da incidência do primeiro caso de câncer de cólon na família”, orienta o chefe da Assessoria de Política de Prevenção e Controle de Câncer (Asscan), Gustavo Ribas.

Diagnóstico e prevenção

O caminho para o diagnóstico começa por meio da realização do exame de sangue oculto nas fezes, disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Caso o resultado seja positivo, o paciente é encaminhado para uma colonoscopia, também realizada na rede pública. O exame promove o diagnóstico precoce e remove pólipos que estiverem presentes antes de se tornarem malignos.

No entanto, o profissional reforça que manter hábitos saudáveis é fundamental para reduzir os riscos da doença. “A prevenção é muito importante nos dias atuais, tendo em vista que os casos de câncer colorretal, da última década para cá, têm apresentado mais incidência em pacientes jovens. Isso reforça a importância de uma vida saudável com alimentação balanceada, pobre em alimentos ultraprocessados e com o devido controle de peso, para que não tenha fatores de risco associados”, afirma o oncologista da SES-DF.

Segundo o especialista, a letalidade é oriunda do diagnóstico tardio. “Uma vez diagnosticado em fase avançada, o índice de cura cai bastante. Com o diagnóstico precoce, a taxa de cura pode chegar a índices próximos de 85%”, enfatiza.

Tratamento especializado

A partir do diagnóstico, o paciente é encaminhado para uma unidade especializada de tratamento oncológico no DF, onde será acompanhado por uma equipe multidisciplinar. “Inicialmente, será avaliado se o paciente fará tratamento cirúrgico, com a remoção do tumor ou de uma parte do intestino. Depois, será encaminhado para um tratamento quimioterápico e, se necessário, uma ressecção cirúrgica mais ampla”, explica.

Luciana de Jesus Silva, 50 anos, foi diagnosticada com o câncer colorretal, após desconfiar de dores intensas no ventre e ter constatado sangue nas fezes. Após passar por cirurgia para retirada de parte do intestino no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), a moradora de Vicente Pires iniciou quimioterapia em julho deste ano no Hospital Regional de Taguatinga (HRT).

“Sempre fui muito bem atendida em todos os locais que passei. Saindo do hospital, fui regulada para a consulta de oncologia e fui chamada no HRT. Não tenho nada a reclamar, o atendimento tem sido ótimo”, declarou Luciana.

Porta de entrada

No DF, há mais de 170 UBSs distribuídas em diversas regiões administrativas. Elas são as portas de entrada para a investigação e o início do cuidado. A lista completa pode ser conferida neste link.

*Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

Fonte: Agência Brasília

 

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