Neste 17 de maio, Dia Mundial da Hipertensão, o Brasil acende o alerta para o crescimento contínuo dos casos de pressão alta no país. Segundo dados mais recentes do Vigitel 2023, 27,9% da população adulta brasileira foi diagnosticada com hipertensão arterial, o maior índice desde o início da série histórica em 2006.
A condição afeta mais as mulheres (29,3%) do que os homens (26,4%) e está diretamente ligada ao nível de escolaridade: 45,3% das pessoas com até oito anos de estudo são hipertensas. A prevalência é maior na região Sudeste, com destaque para o Rio de Janeiro, onde 34,4% dos adultos convivem com o problema.
A hipertensão é silenciosa, mas perigosa. É considerada uma das principais causas de doenças cardiovasculares, como infartos e AVCs. Em 2019, essas doenças causaram a morte de 381 mil pessoas no Brasil, sendo que mais da metade dos casos estavam associados à pressão alta.
A Organização Mundial da Saúde estima que o aumento do controle da doença pode salvar até 365 mil vidas no país até 2040, se a taxa de controle ultrapassar os 40%.
O Ministério da Saúde reforça que a prevenção é a principal aliada contra a hipertensão. Uma alimentação balanceada, prática regular de atividades físicas, redução do consumo de sal e álcool, controle do estresse e o abandono do tabagismo são atitudes fundamentais. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para evitar complicações.