Planalto avalia que documento pode abrir margem para apoio a ação militar e opta por não aderir ao texto.
O Brasil decidiu não assinar um comunicado internacional sobre a Venezuela articulado pela Argentina. De acordo com a justificativa do governo, o texto poderia ser interpretado como respaldo a uma escalada militar, motivo pelo qual o país preferiu não aderir.
Segundo a apuração divulgada neste domingo (21/12), a avaliação interna do Planalto é de que o documento, na forma apresentada, criaria um risco político-diplomático ao ser usado como base para medidas mais duras no cenário internacional.
O tema volta a evidenciar o desafio do Brasil em equilibrar a defesa de princípios diplomáticos e a busca por estabilidade regional, em um ambiente de alta pressão e posicionamentos distintos entre governos sul-americanos.
A posição brasileira tende a repercutir nos próximos dias, sobretudo em agendas multilaterais, onde a redação de comunicados e a adesão (ou não) a textos conjuntos costuma ter peso político relevante.

