Após seis meses, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que serve como base para o reajuste dos contratos de aluguel, voltou a desacelerar e fechou janeiro em 0,07%. Segundo o relatório da Fundação Getulio Vargas, a taxa acumula deflação de 3,32%, o que resulta em inflação negativa. Em dezembro, esse consolidado era de -3,18%.
Os dados mostram que o IGP-M de janeiro representa uma inflexão no índice, que vinha ganhando força desde julho de 2023, quando alcançou -1,93%. Desde então, a inflação do aluguel acelerou até fechar dezembro do ano passado em 0,74%.
Três classes de preços compõem o indicador da FGV: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos custos no atacado; o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que calcula a cesta de consumo das famílias; e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).
A taxa de variação do INCC permaneceu estável, passando de 0,26% para 0,23%. Em janeiro, o IPA ficou negativo em 0,09%, ajudando a frear o IGP-M. Os preços das matérias-primas brutas, que arrefeceram de 3,06% para 0,49% entre dezembro e janeiro, foram um dos principais responsáveis por esse resultado.
A desaceleração desse grupo foi influenciada principalmente por itens como a soja em grão, que passou de uma alta de 2,03% para queda de 5,98%; o minério de ferro, que reduziu seu aumento de 4,63% para 2,87%, e o milho em grão, cuja taxa diminuiu de 11,30% para 6,22%.
Por ser utilizado para reajustar anualmente os contratos de moradia, o IGP-M é conhecido como inflação do aluguel.