Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2022, o Brasil tem 18,6 milhões de pessoas com deficiência (PcDs), cerca de 8,9% da população a partir de dois anos de idade. Desse quantitativo, 3,1% têm dificuldade para enxergar, mesmo usando óculos ou lentes de contato.
De acordo com a Secretaria da Pessoa com Deficiência (SEPD-DF), a deficiência visual, caracterizada pela perda total ou parcial da visão mesmo com correção óptica, pode ser ocasionada por doenças, acidentes ou má formação. No Brasil e no mundo, as principais causas de cegueira, especialmente entre os idosos, são a catarata, a degeneração macular relacionada à idade (DMRI) e o glaucoma.
“É uma doença que causa aumento da pressão ocular e comprometimento do nervo óptico. Por ser silenciosa, o paciente não realiza as consultas de rotina e o diagnóstico pode vir tardiamente, com perda da visão definitiva”, explica a referência técnica administrativa (RTD) de oftalmologia Larissa Friggi.
O relatório do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) mostra que mais de 1,5 milhão de pessoas são cegas no país. A Secretaria de Saúde (SES-DF) oferece assistência especializada na área de oftalmologia em diversos hospitais regionais da capital. O Hran é a unidade de saúde referência no atendimento a crianças que precisam de cirurgias oftalmológicas.
Para avaliação de grau de óculos, laudos médicos ou encaminhamentos, a orientação é procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) como porta de entrada. O mesmo vale para pessoas com deficiência visual que desejam solicitar a bengala longa para a identificação de sua condição. Elas são avaliadas por uma equipe multiprofissional e encaminhadas à Oficina Ortopédica da SES-DF para receber o dispositivo.