Para alcançar populações vulnerabilizadas e encaminhá-las para programas sociais, o governo federal vai utilizar a capilaridade das igrejas evangélicas. O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias assinou nessa segunda-feira (27), um protocolo de intenções com 27 segmentos de igrejas evangélicas do Brasil.
O objetivo é fazer com que as igrejas evangélicas sejam uma porta de encaminhamento de pessoas em situação de fome, pobreza e desemprego para programas sociais, como o Bolsa Família, benefícios previdenciários e Minha Casa, Minha Vida. Os atendidos precisarão fazer parte do Cadastro Único (CadÚnico).
“Reconhecemos o trabalho importante que têm as igrejas, nas várias denominações. Elas têm uma presença exatamente onde estão parcelas significativas das pessoas mais vulneráveis. Lidam, no seu dia a dia, com pessoas desempregadas, pessoas que passam fome, que querem uma oportunidade, são idosos abandonados, populações de ruas, crianças também abandonadas”, disse o ministro.
Ele ainda explicou que o acordo prevê que igrejas vão capacitar alguns integrantes para que eles sirvam de orientadores para as pessoas com dificuldades socioeconômicas. Por exemplo, direcionar famílias de baixa renda para Centros de Referência de Assistência Social (Cras), onde se inscreverão em programas de transferência de renda, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), uma espécie de aposentadoria para quem não contribuiu para o INSS ao longo da vida.