O grupo de dor crônica do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) criou uma rede de apoio para pacientes que enfrentam diariamente desafios impostos por essa doença. O espaço vai além do tratamento convencional. A ideia é aprimorar a qualidade de vida diante das limitações físicas e dos desafios cotidianos.
O grupo funciona no ambulatório e é formado por 15 participantes que se encontram semanalmente. As manhãs de quinta-feira são marcadas pela conexão e pelo compartilhamento de experiências e de conhecimento. A abordagem adotada busca explorar diferentes estratégias ao longo de aproximadamente 12 encontros.
As estratégias variam desde psicoeducação até técnicas de mindfulness, (prática terapêutica de concentração máxima no presente) com a colaboração de uma equipe de especialistas de diferentes áreas. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Estudos da Dor (SBED), a categoria crônica afeta aproximadamente 37% da população brasileira, cerca de 60 milhões de pessoas.
Participam do projeto, psicólogos, fisioterapeutas, reumatologistas, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, farmacêuticos e nutricionistas. O tratamento exige uma abordagem multidisciplinar na qual a fisioterapia também desempenha um papel significativo. Em todos os encontros, são realizados exercícios adaptados para trabalhar alongamento e analgesia.
A psicóloga Paola Palatucci, especialista em dor crônica é uma das mentes por trás do projeto. “O nosso objetivo é trabalhar estratégias de enfrentamento para a dor, para que eles possam recuperar a qualidade de vida e consigam seguir com essas condições”, explica a especialista.
O programa incorpora, ainda, a auriculoterapia, uma técnica derivada da acupuntura que aplica pressão em pontos específicos da orelha para tratar vários tipos de dores. Essa prática terapêutica visa não apenas ao bem-estar físico, mas também ao equilíbrio emocional.