De acordo com dados, divulgados nessa segunda-feira (21), pela Ember, o Brasil superou pela primeira vez a fatia de um quarto de sua eletricidade gerada a partir de energia eólica e energia solar. A pesquisa é realizada pela organização sediada em Londres, na Inglaterra.
Em julho, eólica e solar responderam por 27% da eletricidade brasileira, conforme o levantamento, feito com base nos dados públicos da Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
A energia eólica é gerada a partir de turbinas que utilizam a força dos ventos e a solar, usualmente via painéis fotovoltaicos que captam a luz do sol. Ao todo, 19% da eletricidade (10 terawatt-hora) veio da energia eólica e 8% (4,1 terawatt-hora) da energia solar.
Segundo o balanço, a taxa de crescimento de energia eólica e energia solar no Brasil está ainda acima da média global. Os combustíveis fósseis, transformados em eletricidade em termelétricas, foram responsáveis por outros 8,9% do total, enquanto as hidrelétricas superaram 60%.
“O Brasil está agora entre os 25 países do mundo que atingiram a marca de um quarto de energia eólica e solar em um mês inteiro”, diz Nicolas Fulghum, analista de dados da Ember.
Eólica e solar geraram 19% da eletricidade no ano. No acumulado, as duas categorias geraram 19% da eletricidade no Brasil. No mesmo período de 2022, havia sido de 15%. A energia hidrelétrica é a grande líder no país, com 70% no acumulado do ano (frente a 73% no mesmo período de 2022).
No relatório da Ember, constata-se que as importações e implantação de painéis solares tiveram ritmo recorde do ano passado, mantido no primeiro semestre, o que tem ajudado a ampliar a oferta.