As estimativas apontam que a produção nacional de petróleo passará de 3 milhões de barris por dia para 5,4 milhões, em 2029. Trata-se de um salto de 80%. A partir daí, o nível cai um pouco até alcançar 4,9 milhões de barris por dia, em 2032.
De acordo com o professor Helder Queiroz, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), essa produção já está, em grande medida, “contratada”. Ou seja, este é o resultado do aumento da produtividade de áreas já em exploração e da entrada de novas plataformas em atividade nessas regiões.
“E todo o crescimento está fortemente concentrado no pré-sal. Hoje, na prática, isso já ocorre. Da produção nacional, pouco mais de 70% têm origem nas reservas petrolíferas em águas profundas e ultraprofundas”, diz o professor.
No início de julho, o posto petrolífero de Búzios acumulou a produção de 1 bilhão de barris em cinco anos de atividade. Isso equivale a uma média diária de 550 mil barris por dia. Hoje, esse número está em torno de 700 mil, por dia.
Para se ter noção dessa grandeza, basta dizer que a produção total do Brasil no ano passado foi de 3 milhões de barris por dia. Ou seja, em cinco anos, Búzios representará mais de 60% da atual extração nacional de petróleo. O campo tem hoje quatro plataformas em operação, mas terá 11. Quatro estão em processo de construção e os contratos para obras de outras três foram assinados pela Petrobras.