Conforme o Anuário Estatístico da Agricultura Familiar 2023, a agricultura familiar brasileira é a 8ª maior produtora de alimentos do mundo. O balanço foi divulgado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
O estudo, baseado em pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem o objetivo de mostrar a participação da agricultura familiar no total da produção agrícola brasileira.
A divulgação do anuário acontece na semana em que se comemora o Dia Internacional da Agricultura Familiar, dia 25 de julho, uma data criada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO/ONU).
Segundo o relatório, a agricultura familiar brasileira é a principal responsável pelo abastecimento do mercado interno, com produtos saudáveis e manejo sustentável dos recursos ambientais.
No entanto, as propriedades de agricultura familiar somam 3,9 milhões no país, representando 77% de todos os estabelecimentos agrícolas. Em área ocupada, são 23% do total, o equivalente a 80,8 milhões de hectares.
São 10,1 milhões de trabalhadores na atividade. Desses, 46,6% estão no Nordeste. Em seguida aparecem o Sudeste (16,5%), Sul (16%), Norte (15,4%) e Centro-Oeste (5,5%). Essas terras são responsáveis por 23% do valor bruto da produção agropecuária do país e por 67% das ocupações no campo.
Na agricultura familiar, tanto a produção de alimentos, quanto a gestão da propriedade ficam, predominantemente, a cargo da família. Além da produção de alimentos em si, outra contribuição das propriedades familiares é funcionar como um “motor” para a economia.