Conforme relatório da Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) alcançou o nível mais alto em mais de quatro anos, desde fevereiro de 2019. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV.
O estudo revela que o indicador subiu 4,1 pontos em junho deste ano, para 92,3 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice registrou alta pelo terceiro mês consecutivo, de 1,8 ponto, para 89,1 pontos.
A economista Anna Carolina Gouveia explica que “o indicador que mede a intenção de consumo de bens duráveis nos próximos meses foi o principal impulsionador do resultado no mês, sugerindo uma redução do pessimismo na intenção de gastos, frente ao alívio da inflação e a expectativa de queda dos juros no futuro”.
Ainda segundo a especialista, mesmo que os indicadores apresentem os melhores resultados dos últimos anos, ainda é prematuro cravar que haja uma melhoria sustentada da confiança dos consumidores. Isso porque a situação financeira das famílias ainda registra um nível bastante insatisfatório, com o alto endividamento sendo um dos principais problemas para o consumidor.
O avanço no Índice de Expectativas (IE) se elevou pelo segundo mês seguido, indo de 3,6, para 104 pontos. No entanto, o Índice de Situação Atual (ISA) subiu 4,4 pontos, chegando em 75,7. O resultado equivale ao maior patamar desde março de 2020, quando começou a pandemia. O único indicador que recuou em junho foi o que mede as perspectivas para as finanças das famílias nos próximos meses, com queda de 4 pontos.