Ainda sobre a suspensão do Telegram no Brasil, o cofundador do aplicativo Pavel Durov, se pronunciou nessa quinta-feira (27). Após a rede social negar a oferecer todas as informações solicitadas sobre um grupo neonazista, a Justiça Federal do Espírito Santo determinou a interrupção do funcionamento da plataforma no país.
Segundo o cofundador do aplicativo, “um tribunal solicitou dados que são tecnologicamente impossíveis de obter. Não importa o custo, defenderemos nossos usuários no Brasil e seu direito à comunicação privada”, disse Durov na mensagem enviada em seu canal na plataforma. Ele também informou que vai recorrer da decisão.
O Telegram encaminhou informações à PF na sexta-feira (21), após solicitação da Justiça. No entanto, a plataforma não teria encaminhado os números de telefones dos membros de grupos com conteúdo neonazista.
A solicitação está relacionada com as investigações do ataque a uma escola em Aracruz (ES), em novembro de 2022. A PF quer apurar se o assassino de 16 anos, responsável por quatro mortes na instituição de ensino, interagiu em grupos online de neonazistas.
Na decisão, assinada pelo juiz Wellington Lopes da Silva, da 1ª Vara Federal de Linhares, consta que “a autoridade policial noticiou o cumprimento precário da ordem judicial pelo Telegram”. Além disso, o documento descreve “evidente propósito do Telegram de não cooperar com a investigação em curso,
A multa para a recusa em fornecer as informações requeridas aumentou de R$ 100 mil para R$ 1 milhão por dia.