A Arábia Saudita e outros integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+) anunciaram um corte na produção em mais de 1 milhão de barris por dia. A ação faz os preços dos contratos futuros do petróleo operarem em forte alta nesta segunda-feira (3).
A decisão de cortar a produção foi tomada após o preço do petróleo bruto recuar para US$ 70 o barril. Em meio à preocupação com a demanda, esse foi o patamar mais baixo em 15 meses. No Brasil, a expectativa é que o Ibovespa opere em alta, já que as petrolíferas correspondem a cerca de 15% da carteira do principal índice da bolsa brasileira.
O corte afeta o fornecimento para as nações importadoras do produto, e reflete em um aumento no preço dos combustíveis. No entanto, a medida tem o objetivo de aumentar o valor do barril, uma vez que os países árabes, maiores produtores de petróleo, temem a redução da demanda.
“Os mercados estão cientes de que, se a pressão continuar, os bancos centrais precisarão estender ou fortalecer seus ciclos de alta nas taxas de juros”, disse Sophie Lund-Yates, principal analista de ações da Hargreaves Lansdown,
Os produtores de petróleo concordaram em reduzir a produção em 2 milhões de barris por dia, o maior corte desde o início da pandemia e equivalente a cerca de 2% da demanda global do produto. A produção coletiva cortada pelos nove membros da Opep+ totaliza 1,66 milhão de barris por dia.