Rosana Auri da Silva Cândido e Kacyla Priscyla Santiago Damasceno Pessoa foram condenadas pelo assassinato do menino Rhuan Maycon, de 9 anos. No total, as duas foram sentenciadas a 129 anos de prisão pela morte e esquartejamento do menino. O julgamento foi realizado ontem (25) pelo Tribunal do Juri de Samambaia (DF). A dupla responderá pelos crimes de homicídio qualificado, lesão corporal gravíssima, tortura, ocultação e destruição de cadáver e fraude processual. Os jurados acataram na íntegra a denúncia do MP e reconheceram que o assassinato foi premeditado.
Durante o julgamento Kacyla decidiu ficar em silêncio enquanto Rosana, mãe do menino, disse que cometeu todos os crimes, e ainda explicou que a companheira não havia participado em nenhuma das ações.
O crime
O corpo da criança foi encontrado na madrugada do dia 1º junho do ano passado, esquartejado, dentro de uma mala. A dupla tentou incinerar partes do corpo do menino em uma churrasqueira para evitar o reconhecimento, mas não conseguindo, colocaram os restos do menino em uma mala e duas mochilas. Rosana jogou a mala em um bueiro próximo à casa onde aconteceu o crime. Moradores da área desconfiaram da dupla e acionaram a polícia. As acusadas foram presas em flagrante em 1º de junho de 2019.
Segundo o Ministério Público do DF, Rosana “tinha um sentimento de ódio em relação ao filho por conta da família paterna. Kacyla conhecia os motivos da companheira e aderiu a eles”, diz a denúncia. O pai do garoto, Maycon Douglas Lima de Castro, separou-se de Rosana após o nascimento de Rhuan. Após a separação, a mãe do menino fugiu do Acre e não entrou mais em contato com os familiares.
Rosana morou com a namorada e a filha de Kacyla em Sergipe, Goiás e no Distrito Federal. Rhuan foi retirado à força dos cuidados dos avós paternos e era procurado pela família. O pai de Rhuan obteve em uma ação na justiça a guarda provisória do menino em novembro de 2015, apesar da decisão, o pai não conseguiu localizar o filho. A família paterna divulgou nas redes sociais a foto do garoto e pedia informações sobre o paradeiro dele, mas nunca obteve sucesso.
Rosana e Kacyla estão presas na Penitenciária Feminina do Distrito Federal. De acordo com o Ministério Público, a decisão ainda cabe recurso.