O novo salário mínimo, previsto para entrar em vigor em 1º de janeiro de 2026 e começar a ser pago em fevereiro, deve gerar um efeito amplo na economia brasileira. Estimativa do Dieese aponta que a mudança pode injetar R$ 81,7 bilhões, considerando impactos sobre renda, consumo e arrecadação.
Segundo a entidade, dezenas de milhões de brasileiros têm rendimentos direta ou indiretamente atrelados ao piso, o que amplia o alcance do reajuste para além do mercado formal. O efeito se espalha por aposentadorias, pensões e benefícios vinculados ao salário mínimo, além de influenciar setores que dependem do consumo das famílias.
O estudo também destaca o lado fiscal: benefícios indexados ao piso pressionam despesas públicas, especialmente na Previdência. A leitura é que o reajuste produz ganhos sociais e estímulo econômico, mas exige atenção ao equilíbrio orçamentário, principalmente em um cenário de regras fiscais mais rígidas.
A discussão sobre salário mínimo, portanto, volta a ocupar posição central: ao mesmo tempo em que reforça poder de compra e movimenta a economia, demanda planejamento para administrar impactos sobre as contas públicas.

