O governo dos Estados Unidos anunciou que pretende impor tarifas sobre semicondutores importados da China, mas que o anúncio da alíquota e a entrada em vigor foram adiados para 2027. A medida está associada a uma investigação comercial que mira práticas consideradas desleais no setor, com foco em chips de tecnologia mais antiga (os chamados “legacy chips”).
De acordo com as informações divulgadas, a tarifa a ser aplicada deve ser comunicada com pelo menos 30 dias de antecedência e o cronograma empurra a implementação para junho de 2027, o que dá previsibilidade ao mercado e, ao mesmo tempo, mantém o tema como instrumento de negociação.
O pano de fundo é a crescente competição tecnológica. Chips são insumo crítico para indústria, defesa, telecomunicações e inteligência artificial, e a disputa por cadeias produtivas seguras virou eixo central de política industrial e geopolítica. Nesse contexto, o adiamento não significa retirada do tema — sinaliza ajuste de timing.
Para empresas e consumidores, o efeito imediato tende a ser mais moderado, já que a taxação não entra agora. Mas o anúncio prolonga a incerteza regulatória e pode influenciar decisões de investimento, compra de equipamentos e migração de fornecedores ao longo de 2026.

