Em homenagem ao Dia Nacional do Ciclista, o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) promoveu uma blitz educativa e uma ação do programa Bike em Dia no estacionamento 10 do Parque da Cidade, na manhã desta terça-feira (19). Enquanto uma equipe abordava os condutores, orientando-os quanto aos cuidados com os ciclistas e respeito à legislação, outra equipe abordava os ciclistas com dicas de autocuidado e de cuidados com a bicicleta. Os participantes receberam sacochilas e o guia da bike – material didático com orientações sobre a legislação e recomendações de segurança aos ciclistas.
Nos últimos anos, o trabalho de conscientização tem reduzido o número de sinistros fatais envolvendo ciclistas no Distrito Federal. Houve redução de 19% na quantidade de mortes de 2022 para 2023 — passando de 26 para 21 óbitos — e redução de 14% nos óbitos de 2023 para 2024 — ano em que o número chegou a 18. Mas a intenção é zerar essas ocorrências.
“Os dados preliminares levantados pela nossa estatística mostram que, este ano, dez ciclistas já perderam suas vidas ao pedalar pela capital federal. Uma dezena de vidas perdidas é um número que nos alerta do quão frágil é a vida de quem compartilha as vias e espaços públicos com outros tipos de veículos em cima de uma bicicleta. E essa vulnerabilidade a gente não pode esquecer nunca. Por isso, mantemos uma rotina de ações educativas semanalmente, levando a mensagem de autocuidado para os ciclistas e de respeito para os motoristas”, apontou o diretor-geral do Detran-DF, Marcu Bellini.
Durante os próximos dias, a Diretoria de Educação de Trânsito intensificará as ações com foco na segurança do ciclista, tanto com abordagem a eles quanto a pedestres e condutores de outros tipos de veículos, como os de transporte coletivo, por exemplo.
Recomendações
Aos ciclistas, vale lembrar algumas atitudes de autocuidado: usar o capacete que, apesar de não ser obrigatório, é muito importante na redução da gravidade de sinistros; traçar rotas seguras dando preferência ao uso de ciclovia ou ciclofaixa e, somente quando não houver esses espaços, andar no bordo da via com a máxima atenção, pedalando sempre no mesmo sentido dos veículos; procurar tornar-se mais visível, principalmente à noite, escolhendo roupas claras e utilizando retrorrefletivos e sinalizadores dianteiros e traseiros da bicicleta; redobrar a atenção nos cruzamentos rodocicloviários; nunca andar entre os carros e evitar dividir espaço com veículos grandes; sinalizar com as mãos suas manobras; obedecer à sinalização viária; não usar o celular nem fones de ouvido enquanto pelada; jamais pedalar sob efeito de álcool; e manter a bike em boas condições de uso.
Além disso, o ciclista também deve cuidar da segurança dos pedestres, dando-lhes a preferência de passagem na faixa e descendo da bicicleta quando for atravessar na faixa de pedestres.
Aos condutores, destacam-se as necessidades de: reduzir a velocidade e guardar a distância mínima de 1,5m ao passar pela bicicleta; estar atento ao se aproximar de cruzamentos rodocicloviários; conferir sempre pelo retrovisor se não vem nenhum ciclista antes de abrir a porta e fazer conversões; observar os gestos de sinalização do ciclista; evitar buzinar para não assustar o ciclista, principalmente crianças; dar preferência ao ciclista nas ciclofaixas e ciclovias.
Perfil das vítimas
Nos sinistros de trânsito ocorridos no DF, observa-se que a grande maioria dos ciclistas mortos são do sexo masculino: todas as 21 vítimas de 2023 eram homens e, das 18 mortes ocorridas em 2024, 16 foram de homens e duas de mulheres. Quanto à faixa etária, dos mortos em 2023, a maioria (dez) tinha entre 50 e 59 anos, seguidos dos com idade entre 40 e 49 anos (cinco); e em 2024, houve quatro com idade entre 20 e 29 anos, três na faixa de 30 a 39 anos e outros três de 50 a 59 anos.
*Com informações do Detran-DF
Fonte: Agência Brasília